sábado, 22 de agosto de 2015

Livro Vivendo no Mundo dos Espíritos em Áudio

TCC = O PODER DA MÍDIA ESPÍRITA



Fonte: https://rcsalles.wordpress.com/2009/04/10/o-poder-da-midia-espirita/



Através de vários recursos da mídia, o Espiritismo procura conscientizar o homem moderno, para a realidade do mundo espiritual
Mariana Gallo
Rita de Cássia Salles Bergamo

Os dois milhões de espíritas brasileiros têm à sua disposição vários tipos de mídia – jornais, revistas, cinema, programas de rádio e televisão e portais na internet – para receberem informações e debaterem os pontos cruciais do Espiritismo. Entre os profissionais da mídia espírita, destaca-se Wlademir Lisso, advogado; escritor, orador espírita e diretor da Área de Assistência Espiritual da Federação Espírita do Estado de São Paulo. Com programas semanais na TV Mundo Maior e na Rádio Boa Nova, analisa temas atuais e políticos do cotidiano à luz da Doutrina Espírita.
O Espiritismo atualmente possui um público cada vez maior, formado de uma minoria que realmente tem consciência do que seja o Espiritismo, e uma maioria que vê a Doutrina Espírita de forma distorcida e confusa”. Há um apego ao misticismo, afirma Lisso, “que dificulta que o Espiritismo cumpra a sua real função social e espiritual, que é de transformar o ser humano para a formação de um mundo melhor”.
A TV Mundo Maior e a Rádio Boa Nova são referências para o espírita. “Sabemos que muitas pessoas não têm acesso a livros, moram distantes de centros espíritas, além dos brasileiros que residem no exterior, e, por isso, necessitam, ainda mais, se comunicar com outros espíritas, por meio do rádio, da televisão e da internet. Recebemos dezenas de manifestações, parabenizando a programação”, relata Jether Jacomini Filho, diretor da Rádio Boa Nova e da TV Mundo Maior, veículos espíritas.
Uma grande parte dos programas é feita ao vivo, com participação do público. “A Rede Boa Nova de Rádio consolidou-se como uma Instituição séria, além de ser um ponto de referência na mídia espírita,” afirma Jacomini. Diz, ainda que a missão da Rádio Boa Nova, da TV Mundo Maior, da Editora Mundo Maior e do Portal Feal é transformar a vida mental, psicológica e espiritual através da mídia.
Segundo pesquisa da Easymedia Ibope, as pessoas que assistem ou ouvem, estes programas são geralmente das classes sociais A e B, têm entre 30 e 50 anos e possuem formação superior. Buscam, por meio destes programas, conhecimento pessoal, profissional e espiritual. “Na TV, o Espiritismo é apresentado de forma a dar aos espectadores uma visão atualizada, embora em alguns casos as abordagens sejam convencionais e repetitivas”, relata Lisso. Um dos programas de maior audiência sob sua responsabilidade, é o “Regenerando”. Sua proposta (a do programa) é abordar de forma jornalística os acontecimentos da semana na visão espiritualista. Em seus programas, Lisso presta serviços aos seus ouvintes e telespectadores, levando o povo a refletir sobre a continuidade da vida após a morte e suas conseqüências.

 
O papel da mídia impressa


“Fundado há 63 anos o jornal “O Semeador”, órgão oficial da Federação Espírita do Estado de São Paulo, tem sido fiel as determinações de seus fundadores. Busca levar para a comunidade espírita a interpretação dos fatos do dia-a-dia à luz do Espiritismo, mostrando o trabalho da Federação e outras instituições, além de divulgar artigos, crônicas e colunas de autores espíritas, relata seu dirigente, o jornalista e escritor espírita Altamirando Carneiro. E afirma, orgulhoso: “o jornal completou na edição de outubro de 2007, 849 edições ininterruptas”. Em 16 de maio de 1990, a Federação passou a publicar outro veículo impresso, “O Jornal Espírita”, que ao lado de “O Semeador”, divulga os ensinamentos dos Espíritos.
Segundo o jornalista, em 23 de janeiro de 1948 era fundado em São Paulo o Clube dos Jornalistas e Escritores Espíritas, que deu origem em 1989 a Associação de Divulgadores Espíritas, com o objetivo de aproximar profissionais de comunicação para melhor divulgar a Doutrina Espírita, e que responde, hoje, por 40% das publicações espíritas no país. Segundo Altamirando, o Movimento Espírita conta com cerca de 250 editoras, que publicam revistas, romances e livros doutrinários.

BOX MATÉRIA
SUCESSO COM ESCLARECIMENTO


Embora as mídias impressa, televisiva e radiofônica prestem um serviço importante de conscientização da comunidade espírita e simpatizantes, são os livros que mais impacto causam, pois, “entretêm, ao mesmo tempo que educam. A partir de histórias verídicas levam aos leitores os conceitos do Espiritismo e um contato real com a realidade espiritual”. Esta é a opinião da escritora espiritualista Zíbia Gasparetto, autora de best sellers como “Laços Eternos” e “O Amor Venceu”, transformados em peças teatrais.
Zíbia Gasparetto, que escreve romances e crônicas mediúnicas ditadas pelos Espíritos, acredita que “é importante que as pessoas assimilem os valores espirituais e éticos que são passados em seus romances”. Além disso, afirma, “há um número crescente de leitores, que buscam compreender o sentido da vida”.
A escritora conta que tem um horário determinado para psicografar, faz uma prece e digita direto no computador. “Coloco uma música clássica (Beethoven, Strauss, Vivaldi) e penso em coisas boas. Porém, tem dias em que o astral está muito carregado, aí não dá. Por exemplo, no dia em que ocorreu o acidente da TAM, 17 de julho último, não consegui escrever”.
A escritora espírita Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho – autora do best sellers – “Violetas na Janela”, relata que a autora espiritual deste livro, Patrícia, viveu até os dezenove anos na cidade de São Sebastião do Paraíso, em Minas Gerais, filha de dirigente de centro espírita, sobrinha dela, desde pequena brincava com a tia de adivinharem uma o pensamento da outra. Após a sua morte, vítima de um acidente vascular, Patrícia passou a escrever recados para os pais. Era um treino para a tia psicografar o livro “Violetas na Janela”, que se tornou também peça teatral.
Vera acrescenta “a Patricia diz que quando falo que ajudo os encarnados, que eu não sei o quanto ajudo, também os desencarnados, com os livros, principalmente os mais jovens.” Isto acontece, explica Vera, quando os pais que lêem o livro, imitam os pais de Patrícia, que morreu jovem. “Com isso, os pais se consolam com a morte dos filhos jovens e os deixam mais sossegados para viver a vida deles em outra dimensão.”
Para José Carlos Braghini, “os livros da filha fazem com que receba, constantemente, telefonemas do Sul e do Norte do país”.
Vera Lúcia tem cerca de cinqüenta romances publicados, possui uma rotina parecida com a da Zíbia, mas ainda psicografa no papel. “O livro não tem só consolado, ele tem instruído,” comenta.
O primeiro livro de Vera Lúcia a ser editado foi “Reencarnação”, e sua importância está em mostrar, diz a autora, o papel da reconciliação no avanço do Espírito. “Às vezes, uma briga de nada vira uma bola de neve e acaba criando um inimigo, para várias vidas. Isto é muito triste.” Outro livro que trata de tema importante é “Copos que Andam”, que, como diz o nome, refere-se à brincadeira comum, que é chamar Espíritos, para que respondam perguntas sobre a vida espiritual. “É uma brincadeira, mas o Espírito que vem para brincar e responder, às vezes pode ficar no lugar onde foi chamado. Têm acontecido muitas obsessões, muitas confusões por causa dessa brincadeira.” Outro livro seu que considera importante é “Reparando Erros de Vidas Passadas”. “Ele exalta a oportunidade que a presente vida nos dá de reparar o que fizemos de errado em outras encarnações.”
O livro “Violetas na Janela” tem apaziguado muita dor de pais que perderam seus entes queridos. “Recomendo, não só por ser um livro de sucesso, mas, principalmente, por ser um livro que pode mudar a visão de familiares desesperados com relação à morte de um ente querido.”

**TCC = CULTURA